Minha gente, boa noite.
Ando um tanto atarefado, quase sem tempo para escrever neste espaço minhas opiniões sobre o momento politico de nosso país, porque dizem os antigos que primeiro a obrigação, depois a devoção.
Viram a multidão de brasileiros pulando o carnaval? Já pensaram se a metade desses foliões tivessem consciência da real situação do pais e resolvesse ir às ruas protestar contra a corja politica que infelicita o Brasil? Com certeza mexeria com os medos desses pulhas encastelados nos cargos políticos em todos os setores públicos, mas não esperemos por isso, o patriotismo do brasileiro é aquele citado por Samuel Johnson, o último refúgio de um canalha…
O amor do brasileiro por este país depende de momento e local, assim em época de copa do mundo, a pátria estará de chuteiras; tempo de carnaval? o abadá será o uniforme, a veste da ufania… lamentável!!!
E o Luciano Hulk, o Ciro Gomes, o Alkmim, o Temer, o Color, a Marina Silva, o ladrão Lula da Silva, Boulos, enfim, os possíveis candidatos e candidatas à presidência desta república de bananas, como se apresentarão ao eleitor durante o horário político?
Aparecerão mostrando bundas e carros velhos? ou o velho cangaço ressurgirá? talvez um picolé de chuchu, ou fotos autografados da Marcela, ou vamos voltar às caças aos marajás e sequestro das poupanças?
Talvez tenhamos uma resenha da vida e obra do indefectível Chico Mendes? Lula terá como cabo eleitoral Dilma, a Imbecil?
E Boulos mostrará a força das invasões em áreas produtivas?
Enfim, quais os enredos que esses personagens do terror político apresentarão ao pobre idiota chamado por eleitor?
E o STF, onde medíocres togados vilipendiam todas as esperanças de justiça séria e honesta em favor dos cidadãos de bem?
E as Forças Armadas, estão quietas, caladas, sonolentas, mofadas, bolorentas…
Que Deus tenha piedade…
Autor: Walter Bariani
CANTINHO DO IRMÃO WALTER BARIANI (003)
QUEM SUBSTITUI O VENERÁVEL MESTRE?
04/02/2018
Quando escrevi o livro sobre o REAA, o fiz baseado na Constituição e Regulamento Geral da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, portanto segui suas linhas diretivas e confirmei que a substituição do Venerável Mestre, em seus impedimentos e/ou faltas, seria sempre pelos Vigilantes, graças à compreensão de que se trata de artigo definido contemplando situações reais envolvendo o trio de dirigentes de uma Loja Justa e Perfeita.
Lógico e natural que os Vice Presidentes assumam o comando na ausência do titular, no entanto, em Maçonaria existem sempre algo diferente para complicar um pouco mais a historia, pois o Presidente, no caso, o Venerável Mestre, é um Mestre Instalado devidamente consagrado como tal em Cerimônia própria, portanto, por nossos usos e costumes, toma assento no Trono de Salomão, lugar que somente pode ser ocupado por um seu semelhante.
No entanto, regra não escrita, mas observada quanto à escalada administrativa destinada a todos os Obreiros, os Vigilantes não são Mestres Instalados, sempre com as exceções devidas, e a dúvida então se estabelece: pode ou não ocupar o referido Trono, eis a questão, porque o uso do Malhete é fato consumado.
Se olharmos pela ótica administrativa, não só pode como deve ali ter assento, pois se trata do dirigente dos trabalhos e apenas quem assume esta tarefa pode assim o fazer, mas atentem que disse administrativamente, porque simbólica e liturgicamente a visão é outra, visão esta que impede o fato e coloca o dirigente “pro tempore” de escanteio, sentado ao lado do Trono, esteja este ocupado ou não no momento. Ocupado porque uma das autoridades superiores pode se fazer presente e o direito ao Trono é devido à autoridade maior, situação que não “engulo” facilmente, tenho minhas restrições…
Revendo a história, que sempre socorre o pesquisador, observa-se que o Rito Escocês Antigo e Aceito, em seus primórdios, era operacionalizado em Templos cujo piso não possuía tantos degraus como de um tempo a esta parte, ou seja, os Altares dos Vigilantes e o acesso ao Oriente não possuíam degraus, era um só plano e a divisória entre o Ocidente e o Oriente era (ainda o é) pela Balaustrada com passagem ao meio.
Balaustrada vem de ser uma fileira de balaústres que forma um parapeito, e balaústre, termo empregado em meio maçônico como adjetivo de ata, é cada uma das pequenas colunas, com base e capitel, dispostas em fila nas balaustradas, ligadas superiormente por um corrimão de escada ou por parapeito de sacada, terraço, platibanda etc., de acordo com o dicionário eletrônico Priberam. À vista do exposto deduz-se que o motivo de usar o adjetivo prende-se a também se denominar os trabalhos escritos como colunas e/ou peças de arquitetura. Como o Balaústre Maçônico é composto por partes de um todo, o conjunto pode ser encarado como a reunião de pequenas colunas que o completam.
Nesse plano único, além da Balaustrada, destacava-se o Altar do Venerável Mestre por se situar sobre um patamar composto por três (03) degraus, cuja nomenclatura é guardada até os dias atuais: Pureza, Luz e Verdade.
Entretanto, a partir do momento em que foram incluídos mais sete (07) degraus e estes também receberam denominações, é preciso analisar o conjunto para entender a parte.
Os dez (10) degraus são:
2º Vigilante – acesso por um (01) degrau: PRUDÊNCIA – ensinando que o Homem Prudente não comete desatinos;
1º Vigilante – acesso por dois (02) degraus: JUSTIÇA e FORTALEZA – a prática da Justiça Fortalece o relacionamento humano;
Acesso ao Oriente – quatro (04) degraus: FORÇA, TRABALHO, CIÊNCIA E VIRTUDE – a Força aplicada ao Trabalho justo e honesto proporciona o desenvolvimento Cientifico voltado ao bem comum. O Homem que assim procede é Virtuoso;
Venerável Mestre – três (03) degraus – PUREZA, LUZ e VERDADE – a pureza de sentimentos com que o Homem age perante seu próximo, é como a Luz que rasgas as trevas e revela a Verdade para aquele que persegue o caminhar Justo e Reto.
Ora, o Obreiro ao fazer a caminhada perfectível iluminada pelas ensinanças Maçônicas, galga, metódica e gradualmente tais degraus, por serem condições exigidas àquele que busca o aprimoramento próprio, sempre enxergando as possibilidades de se tornar um elemento multiplicador do progresso humano.
Nada mais justo, portanto ao Obreiro Instalado na Cadeira de Salomão, deduzir que passou por todas as etapas sugeridas e encontra-se apto a resplandecer em seus atos a Verdade, porque ao longo de sua caminhada dentro da Sublime Ordem agiu com Prudência no trato com seus Irmãos; praticou a Justiça social exigida de um Obreiro da Arte Real, transformando-se numa Fortaleza inexpugnável onde o bom senso faz morada; utilizou a Força do Trabalho honesto e digno, fazendo da Ciência o cadinho depurador da fé e alcançou a Virtude, com humildade.
Finalmente, ao se tornar Sumo Sacerdote da paz e da fraternidade, como Mestre Maçom, trás a Pureza de sentimentos impregnada na alma, faz de sua vida um facho de Luz perene, imorredouro, e galga, triunfante, o derradeiro degrau de sua ascensão moral, ética e espiritual: o 10º e ultimo degrau: VERDADE, da qual se torna escravo, regozijando-se nas benesses prodigalizadas ao Homem Justo e Perfeito, o Mestre da Loja, solenemente Instalado na Cadeira de Salomão.
Voltando ao Templo antigo, onde apenas havia os três (03) últimos degraus, existem indícios concretos informando que o primeiro dos degraus era apenas para acesso aos demais, enquanto o segundo possuía espaço lateral proporcionando a colocação de cadeiras destinadas às autoridades presentes, ficando à direita do Trono para o 1º Diácono e mais uma cadeira, enquanto do lado esquerdo havia o mesmo dispositivo, sendo que um dos assentos destinava-se ao Porta Espada.
No terceiro degrau havia espaço apenas e unicamente para o Altar e o Trono de Salomão, porque apenas um Mestre Instalado tinha acesso e não se permitia que um Obreiro fora desta especificação ali colocasse os pés, por isso, nos dias atuais, quando o Venerável Mestre convoca o Orador e o Secretário para conferir a Bolsa de Propostas e Informações, tanto estes Oficiais quanto o Mestre de Cerimônias, que a conduz, postam-se à frente do Altar estacionados no segundo degrau.
Observando este dispositivo, infere-se que a substituição do Venerável Mestre, àquela época, podia ser realizada sem qualquer problema, pois estava tacitamente ajustado que o substituto dirigiria a Oficina assentado ou em seu lugar, possibilidade questionável, ou na cadeira situada à direita do Altar/Trono de Salomão.
A possibilidade do substituto dirigir a Oficina diretamente de sua Mesa e/ou Altar reside no fato de, ao não ter acesso ao terceiro degrau e assumir o Trono de Salomão, seu próprio Altar se tornava o centro administrativo no momento, mas como disse, ainda é questionável esta suposição, pois apenas vislumbres dessa possibilidade foi encontrada.
Após o exposto, fica a dúvida: se o plano dos Templos continuar como estão, e não há qualquer indicio de possíveis mudanças, como resolver o problema da substituição do Venerável Mestre quando o substituto não for um Mestre Instalado e como tal não pode nem deve subir ao terceiro degrau?
A sugestão de se eleger como Vigilantes apenas Mestres Instalados soa um tanto estranha, para não dizer bisonha e castradora da liberdade e do direito.
O mais viável seria modificar o artigo constitucional que prevê tal substituição e determinar que, em falta e/ou impedimento do Venerável Mestre assume o Mestre Instalado mais antigo do quadro da Loja, mas sob a presidência do Vigilante, contornando assim o problema de onde senta quem e do comando da Oficina que permanece com os Vice-Presidentes.
O assunto é polêmico, mas extremamente pertinente e deve merecer melhores e mais apuradas pesquisas visando o conhecimento pleno da verdade.
Eis o que tenho para este Cantinho.
TFA.
CANTINHO DO IRMÃO WALTER BARIANI
Muito se tem falado sobre a indumentária com a qual o Maçom deveria se apresentar em Loja, desde o terno – que em nosso caso não corresponde à terminologia – até o balandrau, passando por qualquer vestimenta, inclusive roupa de trabalho, como uniformes profissionais, chegando mesmo às fardas militares.
Vamos por partes:
1. Terno – a terminologia da palavra indica uma vestimenta composta por três peças, daí o nome “terno”, formado por calça, paletó e colete, impensável o uso em um clima tropical como o do Brasil, mormente em nossa região amazônica. O complemento do terno seria camisa branca, gravata preta, sapatos e meias na mesma cor.
Existem Ritos que exigem essa indumentária, além de luvas brancas, chapéus, cartolas, e muitos outros adereços.
Além de tantas exigências surgiu mais outra em nosso meio rondoniense, qual seja a obrigatoriedade de gravata borboleta em sessões magnas, de onde tiraram essa moda, sinceramente, não posso atinar.
Dizem os defensores do terno que a vestimenta uniformiza e tem o condão igualitário aos membros da Loja, com o que não concordo, porque enquanto aqueles de maior poder aquisitivo desfilam com a roupa sob medida, grifes famosas, na outra ponta estão aqueles desafortunados financeiramente que adquirem, com dificuldades, em lojas populares, portanto a igualdade não se configura.
2. Balandrau – uma vestimenta dita como sendo de origem brasileira, enquanto outros citam a presença da mesma em Lojas de outros países.
É confeccionado em tecido preto – cor da neutralidade – com comprimento talar, ou seja, vai até os talões, logo acima dos tornozelos, abotoado desde o pescoço até abaixo os joelhos.
Alguns autores citam sua origem desde os tempos medievais quando os cavaleiros usavam em reuniões secretas ou particulares, tendo o sentido de tornar a todos os presentes, de comandantes a outros oficiais, iguais durante o evento.
Se querem a igualdade entre todos esta seria a vestimenta ideal.
3. Uniformes e fardas – convido o Irmão que me honra em ler estas simples linhas, a imaginar um ambiente onde estão presentes o médico com sua roupa branca, o militar com sua farda e galões distintivos e o operário…
Não é possível vislumbrar um ambiente mais separatista e embaraçoso do que esse, pois haveria uma distinção clara da posição social de cada um, constrangendo os de menores cabedais financeiros e/ou profissionais. Impensável…
4. Roupa comum – todos compareceriam em mangas de camisa, calça e calçado comuns, sem distinções sociais e/ou profissionais de quaisquer espécies, como é de uso em alguns países, especialmente nos Estados Unidos da America e em parte da Europa, logicamente usando o bom senso quanto ao estado de conservação das roupas e calçados, evitando exageros.
À vista do exposto, que não esgota o assunto, o Balandrau seria a vestimenta ideal por representar a igualdade tão almejada, lembrando sempre que a exigência de calçado e meia na cor preta deveria ser abolida para facilitar a presença do Obreiro em Loja.
O que se busca é exatamente facilitar essa presença, assim, o médico, o militar, o professor, o operário, apenas vestiriam o Balandrau e estavam aptos a participar da reunião. A exceção ficaria por conta de sessões brancas onde o terno – sem o colete – seria exigido, por ser uma reunião fora dos parâmetros normais da Loja.
Sempre lembrando que o Maçom se reveste com o Avental, sua verdadeira vestimenta, por isso a roupa que cobre o corpo é de somenos importância.
Creio se faz necessário um debate a altura de uma CMSB sobre o assunto, sem regionalismos, achismos e imposições de qualquer natureza, pois o que estará em discussão não será a visão de um ou outro membro da Confederação, mas o todo, o conjunto, debatendo os graves problemas que a Maçonaria enfrenta em todo o mundo e um dos mais críticos momentos diz respeito à minguada presença de Obreiros em suas Lojas.
Aventam-se hipóteses de implantar em nosso país a prática, já em uso em outros, de reuniões mensais ou quinzenais, em substituição ao modelo semanal, defasado pelo modernismo onde os horários se tornaram mais exíguos, somando-se a isso a violência que campeia em todos os recantos do globo terrestre.
Não tenho certeza absoluta se tal expediente resolveria o problema da acentuada ausência dos Maçons em Loja, no entanto é preciso analisar as propostas com isenção de ânimos, tal a complexidade do tema.
Talvez a liberação da vestimenta possa ser um início das reformas básicas que precisamos implementar administrativamenteem nossa Sublime Ordem, sempre lembrando que a Maçonaria é perfeita e está séculos à frente da humanidade, e as imperfeições são de responsabilidade exclusivamente nossa, seus Obreiros.
Eis o que penso sobre o assunto.
Porto Velho, RO, 30/01/2018.