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HUMILDADE FRANCISCANA
Minha gente, boa tarde.
As vezes me pego pensando sobre os caminhos que a humanidade já percorreu e os que ainda precisa palmilhar para encontrar o desiderato maior da creação que é a perfeição.
Não há como duvidar desta meta perfectível, uma vez prometida por todos os avatares que por aqui passaram, destaque maior para Jesus, o Cristo, quando vaticinou: “sede perfeitos, como perfeito é o Pai”. 
O ser humano vai, gradativamente, alcançando patamares mais elevados à medida em que avança no caminho do bem e do amor ao próximo, estacando a caminhada quando envereda pelos desvios dos vícios, tanto morais quanto de costumes, praticando o mal, o ódio, a inveja, o rancor, enfim, o desamor.
Felizmente, nós, meros mortais, recebemos ao longo dos milênios em que nos arrastamos pela crosta terrestre encarnação pós encarnação, visitas de espíritos iluminados que aqui chegam e reencarnam exatamente para dar seu testemunho de amor e paz.
Neste contexto, reverencio uma das figuras mais extraordinárias que pisou o solo terreno, cuja vida foi um exemplo de amor, dedicação ao próximo e absoluta fé no Grande Arquiteto do Universo, que é o mesmo Deus dos cristãos, Jeová dos judeus, Ala dos maometanos, e assim por diante. Não importa o nome da divindade, importa que tenhamos consciência que é o mesmo em todos os lugares do mundo.
Mas, a personagem a que me refiro é Francisco de Assis, cuja vida marcou fortemente todas as gerações desde seu advento.
Contam que em uma determinada ocasião, Francisco saiu, como de costume, a pedir auxilio para os pobres dos quais cuidava com muito amor e desvelo.
Chegando à casa de um rico mercador, bateu à porta e foi atendido pelo proprietário, cuja reação foi a de fechar a porta imediatamente, para não atender àquele jovem, postado humildemente à soleira de sua porta.
Francisco, imediatamente, antecipando a grosseria do individuo, estendeu a mão e pediu uma esmola para os pobres, mas recebeu como resposta uma cusparada em plena face, sob o riso escarninho daquele homem mal educado.
O jovem recebeu a ofensa, retirou do bolso de seu burel um pano, limpou a peçonha e, calmamente, humildemente, voltou a estender a mão e falou firme, determinado, mas com imensa doçura:
– Obrigado, meu senhor. O que é meu já recebi de vós, agora, quero o que é dos pobres. 
O mercador, surpreso pela atitude gigantesca daquele humilde homem à sua porta, atingido pela superioridade moral de Francisco, caiu de joelhos por terra e, envergonhado, desatou em choro copioso, a destilar nas lágrimas sua pobreza espiritual ante a imensa riqueza moral de Francisco de Assis.
Francisco não foi apenas humilde, mas também, caridoso e magnânimo para com aquele homem grosseiro e repleto de mágoas e ressentimentos, que aprendeu naquele momento, o valor do amor fraternal.
Francisco de Assis, este sim, merece o titulo de santo.
Walter de Oliveira Bariani
Maio de 2015

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