ATÉ QUANDO?
Minha gente, bom dia.
O mundo vive situações tão conflitantes há tanto tempo, que nem mais nos lembramos quando houve paz no seio da humanidade.
Toda a conjuntura para alavancar a paz entre os países passa, necessariamente, pelo entendimento político, econômico e social, cada vez mais complicado e mais distante de ser alcançado.
Permitam-me aqui transcrever um pequeno texto extraído do livro Emmanuel editado em 1937, ou seja, há 79 anos, mas que responde as questões do agora, atualíssimas.
Diz o texto:
“Há muitos anos se fala da necessidade de um entendimento econômico entre todos os países. Cada vez mais, porém, complica-se a questão com as doutrinas do isolamento, com as barreiras alfandegárias, oriundas do nacionalismo de incompreensão, com a ausência formal de qualquer colaboração e com princípios absurdos que vão paralisando milhões de braços para o trabalho construtor, gerando a miséria, a desarmonia e a morte.
A cultura moderna sai a campo para pregar as necessidades dos tempos. Escritores, artistas, homens do pensamento, reformistas, falam exaltadamente da regeneração esperada; condenam a sociedade, de cujos erros participam todos os dias, fazem a exposição das angústias da época, relacionam as suas necessidades, mas, se as criaturas bem intencionadas lhe perguntam sobre a maneira mais fácil de socorrer o homem aflito dos tempos atuais, essas vozes se calam ou se tornam incompreensíveis, no domínio das sugestões duvidosas e das hipóteses inverossímeis.
É que o espírito humano está esgotado com todos os recursos das reformas exteriores. Para que a fórmula da felicidade não seja uma banalidade vulgar, é preciso que a criatura terrestre ouça aquela voz – “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
É que o espírito humano está esgotado com todos os recursos das reformas exteriores. Para que a fórmula da felicidade não seja uma banalidade vulgar, é preciso que a criatura terrestre ouça aquela voz – “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.
Os reformadores e os políticos falarão inutilmente da transformação necessária, porque todas as modificações para o bem têm de começar no íntimo de cada um.”
O texto ainda prossegue muito esclarecedor sobre o assunto, mas o que transcrevi creio seja o bastante para mediarmos sobre se algo mudou no comportamento humano ao longo dos anos, séculos ou milênios.
Ainda somos os mesmos bárbaros medievais, com nossa ambição desmedida, nossa vaidade estúpida e nosso ódio por tudo aquilo que não compreendemos ou que não seja de nosso agrado.
O texto ainda prossegue muito esclarecedor sobre o assunto, mas o que transcrevi creio seja o bastante para mediarmos sobre se algo mudou no comportamento humano ao longo dos anos, séculos ou milênios.
Ainda somos os mesmos bárbaros medievais, com nossa ambição desmedida, nossa vaidade estúpida e nosso ódio por tudo aquilo que não compreendemos ou que não seja de nosso agrado.
O contraditório se nos afigura como uma afronta à nossa pretensa sabedoria, porque preferimos ouvir apenas a nós mesmos, egoisticamente, fazendo ouvidos moucos às argumentações do nosso companheiro de jornada terrena.
As conquistas cientificas alcançadas pela humanidade nos últimos séculos, parece que não influíram decisivamente na evolução moral e ética do ser humano.
Trocamos as cavernas por moradias aconchegantes, mas persistimos nos mesmos ritmos da barbárie de antanho.
Trocamos as cavernas por moradias aconchegantes, mas persistimos nos mesmos ritmos da barbárie de antanho.
Até quando?
Walter de Oliveira Bariani
Abril 2016