INDÚSTRIA DE MULTAS
Minha gente, bom dia.
Muitas situações esdrúxulas precisam e devem ser revistas neste país e com urgência e uma dessas ocorrências ultrajantes, mas corriqueiras, infelizmente para o povo, é a verdadeira indústria de multas instalada em todo o território nacional a sugar até o tutano do pobre cidadão.
Fui ao Detran buscar as guias para o licenciamento de meu possante Escort Hobby 1996, 1.0, a quem denomino de “furioso”, e para minha desagradável surpresa, havia uma multa datada de novembro de 2017 e o pior ainda estava por vir, uma outra da mesma espécie estava prestes a também entrar na roda de cobranças injustas, por trazer o ranço do autoritarismo ao impor referidas multas sem que o condutor do veiculo seja abordado pela autoridade policial no momento da infração, como acontece nos países onde a democracia é um fato e não objeto brandido pelos demagogos de plantão.
E não adianta recorrer contra o abuso, porque a última palavra é dos órgãos governamentais beneficiários da referida indústria de achaques ao cidadão.
A desfaçatez chega a tal ponto que, segundo informações, a Polícia Rodoviária Federal em breve usará para a fiscalização do transito nas rodovias federais de câmaras acopladas a drones, ou seja, invés de articular um esquema de trabalho presencial parece que estão optando por ficarem refestelados nas confortáveis poltronas em ambientes refrigerados, multando à distância e enviando via correios os boletos para os execráveis pagamentos, verdadeira violência perpetrada contra o bolso do cidadão, já de si tão achacado com a maior carga tributária em todo o mundo democrático.
Não sou contra a fiscalização, ao contrário, apoio e incentivo por acreditar extremamente necessário, uma vez constatada o quanto de barbaridades são cometidas aos volantes pelas estradas em solo brasileiro, entretanto necessário se faz uma revisão rigorosa nos métodos utilizados pelos órgãos competentes (ou incompetentes, sei lá…) e pelo menos colocar um freio nessa ambiciosa, injusta e detestável indústria de multas.
Ao que parece o Presidente Bolsonaro andou falando sobre este assunto e pretende acabar com os radares e pardais vexatoriamente existentes no país, mas fico com um pé atrás, porque, até que me provem o contrário, os interesses financeiros acabam por pulverizar qualquer tentativa de benefícios diretos ao povo.
Aguardarei um pouco mais de tempo para ver se algo de positivo acontece desde que deixem o Presidente governar e isso será possível quando os fuxiqueiros de plantão tomarem “simancol”, medicamento ideal a que a pessoa “se manque” e veja que não está agradando, fecharem as torneiras dos “fake news”, dos dossiês fajutos, assim como as reportagens mal intencionadas presentes diariamente na imprensa marrom que ainda insiste em existir no Brasil.
Muita água ainda vai passar debaixo da ponte antes que este país se torne realmente uma democracia, mas estamos a caminho e quem se atrever a obstar este caminhar será atropelado pela historia e atirado ao ostracismo de onde nunca deveria ter saído.
Walter de Oliveira Bariani
28/03/2019