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COLUNA POR UM…

AVENTAIS PROFANADOS!!!

            O Avental simboliza, para o Maçom, a honra e a dignidade que deve nortear suas ações e pensamentos em todos os momentos da vida.

            Qualquer ato ou ação em contrário aos sãos princípios da moral e da ética esteja o Maçom ativo ou afastado da Ordem, é considerado desonra para com a humanidade e sacrilégio para com sua própria consciência.

O Maçom que assim procede está profanando o Avental que cinge à cintura e se tornando réprobo perante seus pares espalhados em toda a Terra.

            Não é segredo para ninguém que o Brasil ocupa uma das últimas posições no ranking mundial da corrupção, infelizmente para nós, brasileiros conscientes.

Em todos os níveis de administração, quer pública ou privada, a corrupção está presente, aliás, onipresente, comendo à mesa do trabalhador e dormindo nas camas dos poderosos como amante insaciável, perdulária e inseparável.  

Corrupção no Brasil é endêmica, contagiante e institucionalizada, entronizada desde a descoberta por Cabral, passando pelo império, depois republica, nova republica, republica dos coronéis, republica da dinda, republica dos tucanos e atualmente, republica dos pardais, ave símbolo do partido que comanda as ações neste país, por ser feio, não cantar, não servir para nada, viver em bando e defecar em todo Brasil.

O governo do outrora ético Partido dos Trabalhadores e que hoje representa tudo de ruim e errado, não criou ou institucionalizou a corrupção, mas provocou um aumento considerável, entremeado de mentiras, roubos descarados e até assassinatos, tudo em nome do poder. Aliás, nenhum governo neste país de bananas apresentou um projeto Brasil, mas apenas projeto de poder, nada mais…

A Maçonaria brasileira, no caso presente, as Grandes Lojas capitaneadas pela CMSB (Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil), pretendia levar avante um projeto de combate à corrupção o qual contaria com a chancela do povo, ou seja, o movimento nasceria nas Lojas e ganharia as ruas coletando assinaturas das pessoas em número necessário à formação de um projeto popular.

Belíssimo intento, porém ocorreu um senão: o projeto desaguaria no Congresso Nacional e ficaria na dependência dos “nobres representantes do povo”, isto é, a raposa seria colocada dentro do galinheiro para vigiar as ditas cujas galinhas…

Não há como tergiversar neste assunto: a Maçonaria é composta por pessoas e estas são factíveis de erros, paixões, roubos, corrupção, da mesma forma como acontece em qualquer instituição em todas as partes do mundo e os membros da Maçonaria que fazem parte dos poderes constituídos em todas as instancias, quer no Executivo, Legislativo e Judiciário, não são diferentes, com as devidas exceções, é lógico.

Como reagiria um parlamentar corrupto quando um projeto dessa grandeza chegasse às suas mãos? E se ele for Maçom, o que lhe passará no íntimo? Por ventura recordará as lições prodigalizadas pela Ordem em todos os Graus pelos quais passou e sentirá vergonha de si mesmo por ser corrupto e venal ou simplesmente ignorará a voz da consciência como sempre tem feito e continuará a ser o que sempre foi: um profano de avental?

Como combater um mal que corrói todas as estruturas da sociedade e ameaça botar abaixo, estrepitosa e fragorosamente, o edifício da moral e da ética erguido com o labor de antepassados cuja dignidade e respeito sempre se fez alarde na história pátria, vultos como Rui Barbosa, Juscelino Kubistchek, Marechal Lott e centenas de heróis que honraram e dignificaram este terra abençoada?

Aonde, em que ponto permitimos as ações dessa leva de aventureiros – ou mais apropriadamente, bandoleiros – que tomaram de assalto nossas vidas e nos fizeram reféns de nós mesmos?

Infelizmente não há muito a fazer, porque as instituições estão corroídas pelos mesmos insetos vorazes e eles já chegaram aos nossos lares, a mais sagrada dentre todas na face da terra. Esses insetos comem em nossa mesa e não se contenta com migalhas, pois estas são destinadas a nós, hospedeiros inconsciente, dado nosso atraso cultural – estimulado pelo poder – que nos transforma em analfabetos políticos, o mais triste dentre todos os tipos de analfabetismo.

 Oxalá surja uma nova luz no final do túnel para acender nossas esperanças, só não pode ser a do trem em sentido contrário, não é mesmo?

Enquanto o trem não vem… saravá!!!

Porto Velho, RO, 17/05/2012.

      

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